09
Out20
De volta
Malik
Forte chuva e trovoada
numa noite de outono,
eu de alma embrulhada
a pensar, sem fazer nada,
ao encontro do abandono;
Digerindo a recente despedida
sentado junto à lareira
tentando lamber a ferida,
para viver na minha vida
tinhas que ficar inteira;
Disseste que ias pensar
respeitei o teu desejo,
mas um carro ouvi parar
eras tu a regressar
à procura do meu beijo;
E como foi bom amar
numa entrega sem igual,
corações a palpitar
o desejo a disparar
em fantasia real;
Teus olhos da cor do mar, os trovões a ribombar,
sós,
entre a luz da lareira e o crepitar da madeira.
Malik